A Guararapes acaba de contratar Frederico Oldani, que até sexta-feira era o CFO e diretor de relações com investidores da Qualicorp, para liderar a área financeira da dona da Lojas Riachuelo.
Frederico vai substituir Tulio Queiroz, que deixou a Guararapes há dois meses para assumir como vice-presidente de finanças e RI do Grupo Mateus.
A companhia também disse que Frederico será indicado para o cargo de diretor executivo da Riachuelo numa assembleia geral extraordinária da subsidiária.
A saída de Frederico da Qualicorp vem num momento conturbado para a administradora de planos de saúde coletivos. Nos últimos dois anos, a ação despencou mais de 80% e é negociada hoje a R$ 7,84 – bem abaixo do valor médio que a Rede D’Or pagou nas várias compras que fez.
Frederico entrou na Qualicorp em 2020, depois de ter trabalhado três anos como CFO da Alliar e outros nove anos como CFO da Hering.
Antes, foi tesoureiro para a América Latina e Canadá na Ambev, e risk manager do Grupo Telefônica no Brasil.
O executivo disse ao Brazil Journal que sua ida para a Riachuelo tem “muito a ver com a oportunidade de eu voltar para o varejo, que é um setor onde eu tenho bastante experiência e onde acho que consigo contribuir mais.”
Na Riachuelo, um dos mandatos de Frederico será melhorar a estrutura de capital da companhia num cenário de Selic de dois dígitos, reduzindo a alavancagem que está próxima a 3x EBITDA.
Segundo o executivo, a alavancagem está “um pouco acima do ideal” e a companhia tem um plano “bem estruturado” para diminuir esse endividamento sem abrir mão do crescimento, e sem precisar de um follow-on ou aumento de capital.
A entrada de Frederico também vem num momento decisivo para a Riachuelo, em que a companhia está terminando de desenhar um plano estratégico de cinco anos que será anunciado em breve ao mercado.
“É um plano para transformar a empresa em vários aspectos, desde uma melhora grande no negócio core até a parte de digitalização e de serviços financeiros,” disse ele.
Outro desafio da companhia é retomar seu nível de rentabilidade, já que as margens de lucro ainda estão rodando num patamar inferior ao que a empresa operava no pré-pandemia.