Roger Federer, que voltou às quadras conquistando títulos quando todos pensavam que estava a caminho da aposentadoria, está trocando a Nike pela Uniqlo num contrato que vai lhe pagar US$ 300 milhões ao longo de dez anos.
Federer estava com a Nike desde 1997 e agora será o ‘global brand ambassador’ da Uniqlo, a marca de fast fashion japonesa que tem crescido na Europa e nos EUA e é reconhecida pelos tecidos tecnológicos.
Para se ter uma ideia do quanto os US$ 300 milhões representam para o atleta, todos os prêmios que Federer já ganhou nas quadras (ao longo de toda a carreira) chegam a US$ 116,6 milhões. No ano passado, a Forbes estimou seu faturamento anual em US$ 60 milhões.
O novo patrocinador começou com sorte. Federer, que apareceu para o jogo de abertura de Wimbledon desta segunda-feira vestindo o logo da Uniqlo na faixa de cabeça, jaqueta, camisa, short e meias, venceu Dusan Lajovic em três sets diretos.
A ação da Nike caiu 3% – apesar do fato de que a empresa continuará calçando os pés do atleta.
A notícia não foi surpresa para os aficionados do tênis. Desde que o contrato com a Nike expirou, em março, já havia rumores de conversas com outros patrocinadores.
A Uniqlo já é conhecida das quadras: patrocinou Novak Djokovic até o ano passado e ainda é associada ao japonês Kei Nishikori, além das estrelas de tênis de cadeira de rodas Shingo Kunieda e Gordon Reid.
Além de ser considerado o maior tenista de todos os tempos, com 20 títulos no Grand Slam, Federer é o atleta dos sonhos para qualquer marca global: é conhecido pelo seu ‘fair play’ e bom mocismo dentro e fora das quadras. Corrige juízes mesmo quando a decisão é em seu favor, elogia adversários, é um super pai (duas duplas de gêmeos) e apoia causas sociais.
Com Federer, a Uniqlo reforça a sua expansão global, sobretudo na Europa. A marca tem quase 2 mil lojas, das quais 828 no Japão, e faturamento de US$ 16 bilhões.
O prazo contrato vai além do que a maioria dos fãs espera que seja a aposentadoria de Federer, que faz 37 anos em agosto e deve jogar apenas mais dois ou três anos – embora, é claro, ninguém duvide de sua capacidade de seguir se reinventando.
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