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Atacarejo precisa evoluir, diz CEO do Assaí

20 de mar, 2024

Após dois anos de expansão e altos investimentos – em especial a compra dos hipermercados Extra e as conversões das lojas para atacarejos –, o Assaí vai precisar mostrar ao mercado em 2024 que também sabe trabalhar com a torneira fechada. Os planos da empresa para o ano incluem reduzir a alavancagem e acelerar a mudança de perfil de parte das lojas para também atender o público de mais alta renda.

“O atacarejo nasceu nas periferias e para atender comerciantes e a baixa renda, mas é um modelo em evolução. A Costco, por exemplo, hoje vende barra de ouro e diamante,” disse o CEO Belmiro Gomes. Ele não quer saber de vender joias, mas enxerga espaço para crescer em serviços, como os de padarias e açougues.

Belmiro diz que fará isso mantendo as despesas sob controle e reduzindo a alavancagem – que, mesmo com a queda recente, continua alta em relação à média do setor. A relação dívida/EBITDA caiu de 4,4x, no quarto tri de 2022, para 3,8x no fim do ano passado, e a meta é chegar a 3,5x até dezembro – Carrefour está em 1,4x e o Grupo Mateus, 0,5x.

Essa estratégia financeira vai ser tocada por um novo executivo: na semana passada, a empresa anunciou a saída da CFO Daniela Sabbag, uma veterana do GPA e que participou da cisão do Assaí. No lugar dela, foi contratado Vitor Fagá, que já passou por GPA e Via Varejo (a atual Casas Bahia) e estava comandando a operação do Sam’s Club no Carrefour.

A empresa também está pisando no freio nas aberturas de lojas, que devem ficar em 15 a 20 neste ano – ante 27 em 2023 e 60 em 2022.

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