A menos que o mercado piore substancialmente, a Oi deve vir a mercado esta semana com um megabond de cerca US$ 800 milhões para refinanciar seu debtor-in-possession financing (DIP), o empréstimo que a companhia tomou para atravessar sua fase de recuperação judicial e que é garantido pela operação de telefonia celular da empresa.

Com o mercado internacional ‘open for business’ e o DIP rodando a estimados 14% ao ano, a Oi deve propor ao mercado um yield ao redor de 9%. 

Desde que o Farallon Capital e outros investidores concedeu o DIP de US$ 600 milhões à companhia em dezembro de 2019, o crédito da Oi sofreu um ‘de-risking’ substancial: a companhia conseguiu fazer o carveout e a venda tanto de sua operação móvel — vendida às outras três teles — quanto de sua empresa de fibra, vendida a fundos administrados pelo BTG.

Como o novo bond será usado para repagar o DIP, na prática ele vai herdar suas garantias. Além do Farallon, os outros credores do DIP incluem a Prisma Capital, fundos soberanos e um fundo de pensão canadense.

A dívida que vem a mercado esta semana pode não ficar muito tempo em circulação. Quando a venda da operação móvel para as teles for concluída, a Oi deve usar os recursos que entrarem no caixa para fazer um tender offer aos bondholders.

Os coordenadores da oferta são Morgan Stanley, Citigroup e BTG Pactual.