Joseph Safra, que transformou sua habilidade em dar crédito, ler pessoas e operar mercados num dos maiores impérios bancários do Brasil, morreu esta noite de causas naturais, uma pessoa próxima da família disse ao Brazil Journal.  Ele tinha 82 anos.

10179 98a257db 7a74 0002 0002 320d6a396b20Sua partida, depois de anos de saúde debilitada, marca o fim da era de banqueiros comerciais que definiram o sistema financeiro nacional, de Walther Moreira Salles a Olavo Setúbal e Amador Aguiar.

Descendente de uma longa dinastia que financiava e fazia o câmbio de moedas e ouro entre mercadores da Europa, África e a Ásia, ‘Seu José’, como era chamado pelos mais próximos, nasceu no Líbano e chegou ao Brasil em 1962. 

 
Com uma fortuna estimada em US$ 23,3 bilhões em 2020, era considerado o homem mais rico do Brasil e o 37º do mundo pela Forbes.
 
Safra deixa a mulher, Vicky, os filhos Jacob, Esther, Alberto e David, e 14 netos.
 
O sepultamento será hoje às 13 hs no cemitério do Butantã para familiares e amigos próximos.
 
Luis Carlos Trabuco, chairman do Bradesco:
 

“Seu José consolidou-se em vida como um símbolo de confiança do mercado financeiro nacional. Praticando os melhores fundamentos da atividade bancária, rapidamente tornou-se um nome conhecido e respeitado. Nos principais mercados do mundo, Safra se destacou entre os competidores como exímio gestor do patrimônio das famílias.  No Brasil, dividia o comando do Banco Safra com uma intensa atividade filantrópica e profundo amor pelas artes, sendo sempre um dos principais beneméritos da grande comunidade judaica em nosso País. Por seus méritos, amealhou fortuna, mas sua atuação em sociedade era ressaltada pela máxima elegância e discrição, qualidades que distinguem os grandes homens.  À senhora Vick Safra, aos filhos Jacob, Esther, Alberto e David, os nossos sentimentos.”