O Nubank acaba de levantar US$ 400 milhões de investidores que avaliaram o banco do cartão roxo em US$ 25 bilhões, um pre-IPO round que precede sua listagem na Nasdaq.

O Nubank agora vale:


11315 6377ca58 daff 3114 edfb 45cb5d4ee6cc* O mesmo que o Santander Brasil;

* Meio Itaú (que lucra R$ 25 bi/ano);

* Um troco a mais que a XP;

* E 140% do Banco do Brasil.

Segundo o banco, ele é agora a quarta maior instituição financeira da América Latina.

O valuation implica que os investidores estão pagando US$ 735 por cliente do Nubank, comparado a um valuation de US$ 685/cliente no Banco Inter, considerando-se seu valor de mercado no fechamento de ontem. 

A rodada Série G foi liderada pelo GIC, o fundo soberano de Singapura; Whale Rock, um hedge fund de Boston; e a Invesco, a gestora global que administra US$ 1,3 trilhão. 

A Tencent, o Dragoneer, a Ribbit Capital e o Sequoia — que já investiam no banco — acompanharam a rodada. 

O valuation é mais que o dobro da última captação do Nubank. Em meados de 2019, o banco digital levantou US$ 400 milhões e foi avaliado em US$ 10 bi.

O Nubank também anunciou que bateu a marca de 34 milhões de clientes — uma base bem próxima à do Itaú, o maior banco privado do Brasil com 55 milhões de correntistas. Nos últimos 12 meses até setembro, o Nubank adicionou em média 41 mil novos clientes por dia. 

David Vélez, o fundador do Nubank, disse ao TechCrunch que a startup gasta o que seria destinado para marketing em “bons salários” e atendimento ao cliente, o que cria consumidores “fanáticos” que compartilham seu amor pela marca. 

A capitalização vai ser usada para fortalecer as operações do Nubank na Colômbia e no México, mercados em que o banco entrou recentemente. Segundo o Nubank, mais de 1 milhão de mexicanos e 200 mil colombianos já se cadastraram para receber um cartão de crédito do banco. 

O Nubank também vai usar os recursos para continuar expandindo seus negócios no Brasil num momento em que começa a adicionar novas verticais a seu ecossistema. 

Há alguns meses, o Nubank comprou a corretora Easynvest para entrar em investimentos, e recentemente lançou produtos de seguros.

As novas verticais devem ajudar a melhorar a monetização do banco, que ainda tem dificuldade de extrair valor de sua base. No primeiro semestre de 2020, o Nubank teve uma receita de R$ 1,3 bilhão e um prejuízo de R$ 95 milhões, 32% menor que o do mesmo período do ano anterior.