5 de out, 2023
Controle de custos e ganhos de eficiência resolvem parte dos problemas por que passa o setor de saúde na maioria dos países, incluindo o Brasil. Mas a solução de fato depende de empresas e médicos conseguirem tratar os pacientes, e não apenas realizar procedimentos. Essa é a tese do médico Stefan Larsson, consultor sênior do BCG e autor do livro The Patient Priority, que aborda o conceito do value-based healthcare.
Para que isso aconteça, a remuneração do setor de saúde deve mudar, afirmou Larsson numa palestra transmitida durante o evento “Negócios em Saúde – Saúde não tem preço, mas tem custo”, que foi realizado pelo Brazil Journal no dia 3 de outubro, em São Paulo.
Em vez de os pagamentos serem feitos por procedimentos – como cirurgias e exames –, seriam feitos de acordo com os resultados de um tratamento mais amplo. De forma simplificada: o preço de uma cirurgia de quadril em que o paciente volta a andar sem sequelas depois de poucos meses seria mais alto do que o de uma mesma cirurgia que levou o paciente a precisar de auxílio.
“Vemos muito desperdício e desigualdade entre países, e não parece que gastar mais é o que precisamos para melhorar a saúde da população”, disse ele.
O evento reuniu alguns dos principais especialistas em saúde do país. O vídeo com o debate entre Paulo Rebello, diretor-presidente da ANS, e Renato Casarotti, vice-presidente da United Health Brasil e presidente da Abramge, que é a associação brasileira de planos de saúde, já foi publicado no site do Brazil Journal (veja aqui).
Os demais painéis contaram com a participação de Jeane Tsutsui, CEO do Fleury, Leandro Tavares, vice-presidente médico da Rede D’Or, Patriciana Rodrigues, presidente do conselho de administração da Pague Menos, José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associação Paulista de Medicina, Daniel Greca, diretor do Sírio Libanês, e Ítalo Martins, fundador e CEO da healthtech Fiibo. Esses vídeos serão publicados nos próximos dias.
