A PetroRio acaba de anunciar que a campanha exploratória de mais um poço no Campo de Polvo foi bem sucedida — uma descoberta que adiciona 2,5 mil barris/dia à sua produção e gera um impacto significativo na geração de caixa da empresa (o custo marginal de produção será próximo a zero). 

O poço — batizado de ‘Pol-K’ — começou a operar na sexta-feira e vai aumentar em 26% o volume de produção do Campo de Polvo e em 8% o volume total da petroleira (hoje, em torno de 33 mil barris/dia). 

O payback virá em apenas três meses. A PetroRio investiu US$ 11 milhões para fazer a perfuração, que durou apenas dois meses, e espera gerar US$ 55 milhões de caixa já no primeiro ano de operação. 

O poço deve ter uma vida útil de cinco a dez anos, mas o ritmo de produção tende a cair ao longo do tempo. 

Para efeito de comparação, a PetroRecôncavo produziu uma média de 11 mil barris por dia no ano passado.

Esta é a quarta campanha bem sucedida da PetroRio para revitalizar Polvo nos últimos cinco anos.

O Pol-K é o 16° poço em operação no campo e o segundo descoberto no eoceno, uma camada geológica que era considerada o patinho feio de Polvo pela BP e pela Devon Energy (as antigas operadoras do campo). Segundo fontes próximas à empresa, a PetroRio ainda vê potencial para mais campanhas exploratórias na mesma área. 

A descoberta vem num momento em que a PetroRio está prestes a consumar o tieback (conexão) entre Polvo e o campo de Tubarão Martelo. A operação — que vai desativar o FPSO de Polvo e usar apenas o de Tubarão Martelo para os dois campos — deve reduzir em US$ 50 milhões por ano os custos operacionais dos dois campos, hoje em torno de US$ 120 milhões.