A Light está indicando uma chapa de oito nomes para seu conselho de administração, marcando posição como uma corporation e reduzindo a influência da Cemig, cuja participação caiu de 49,9% para 23% após o follow-on realizado em julho. 

A chapa — formada por nomes de mercado — é resultado de meses de diálogo entre os acionistas. Os nomes precisam ser ratificados por uma assembleia de acionistas, marcada para o dia 12 de dezembro.

Um dos nomes mais conhecidos é Ivan Monteiro, o ex-CEO da Petrobras, que atuou também como CFO da petroleira, do Banco do Brasil e da BRF e deve contribuir com sua experiência em turnarounds financeiros. 

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Do lado operacional, a Light está propondo três nomes de alta voltagem. 

O primeiro é Carlos Ferreira, que atua há mais de 15 anos no setor elétrico. Ferreira foi presidente da Elektro entre 2004 e 2011, teve uma breve passagem pela CPFL como COO e foi VP de distribuição da Energisa, coordenando a integração das encrencadas distribuidoras do Grupo Rede. 

Entre julho de 2017 e o fim de 2018, ele foi chairman da Eneva, que passou por um importante processo de turnaround financeiro e operacional no período. 

A chapa conta ainda com Octavio Pereira Lopes, um ex-executivo da GP Investimentos que assumiu a Cemar logo que a Equatorial foi constituída e acaba de voltar para o Brasil após sete anos na Magnesita, dos quais os últimos três em Londres. 

Completa a tríade operacional Carlos Parcias, que atuou como chefe de desenvolvimento de negócios da CPFL por quase oito anos. 

Fontes disseram ao Brazil Journal que a Light chegou a sondar Firmino Sampaio Neto, o ex-presidente da Eletrobras e ex-chairman da Equatorial, mas as conversas para que ele fosse para o conselho não prosperaram. 

Outro três nomes do atual conselho foram mantidos.  O atual chairman David Zylbersztajn, ex-diretor geral da ANP e ex-secretário de energia de São Paulo; Antonio Junqueira, que liderou a cobertura de utilities no BTG Pactual e hoje é sócio da Vinland Capital; e Ricardo Reisen Pinho, conselheiro independente da companhia. 

Patricia Bentes, também conselheira independente, completa a chapa, que conta ainda com um representante dos empregados da empresa, como determina o estatuto.

O presidente da Cemig, Cledorvino Belini, renunciou a sua vaga no conselho da Light no fim de outubro.