Ao longo das últimas semanas, o empresário Chaim Zaher fez uma posição nas ações da Cogna (a antiga Kroton) e da Yduqs (a antiga Estácio), assumindo um risco calculado num momento de ceticismo em relação às empresas de educação superior.

10095 95ea6d02 177d 16345785d8a0000 0000 054154d2183eSegundo uma fonte a par do assunto, Chaim montou as posições por meio de swaps, contratos que dão a ele exposição econômica e os direitos políticos das ações.   A contraparte foi o BTG Pactual.

A posição na Cogna equivale hoje a 2,5% do capital, o que já torna o empresário um dos três maiores acionistas da companhia.  Na Yduqs, Chaim comprou um pequeno percentual da companhia.

Em ambos os casos, o empresário já contabiliza um lucro substancial:  a posição na Cogna foi montada quando a ação estava pouco acima de R$ 4.  O papel sobe 13% hoje e negocia a R$ 6,40.

A compra foi feita no pior momento de mercado da Cogna.  Nos últimos 12 meses, enquanto a Yduqs sobe 17%, a Cogna perdeu 40% de seu valor na Bolsa.

Não está claro se as compras de Chaim são um investimento meramente passivo ou o primeiro passo de uma eventual volta do empresário ao segmento de educação superior.

Chaim, um self-made man que fez sua fortuna na educação básica, vendeu a UniSEB, sua operação de ensino à distância, para a Estácio em 2014, tornando-se um dos maiores acionistas individuais da companhia. Depois do veto do CADE à fusão da Estácio com a Kroton, Chaim vendeu sua fatia de 8,25% da companhia para o Advent por R$ 430 milhões.

Em fevereiro, pouco antes da pandemia, Chaim comprou 70% da operação global da Maple Bear, a empresa canadense de escolas bilíngues, e anunciou planos de chegar a 300 mil alunos no mundo todo nos próximos cinco anos. Na época, o empresário disse ao Brazil Journal que a empresa poderia abrir o capital nos EUA já no ano que vem. 

SAIBA MAIS

Grupo SEB compra Maple Bear e já prevê IPO