A Dasa está buscando investidores para um aumento de capital de R$ 2 bilhões, e engajou o BTG Pactual para as conversas, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.

A empresa de saúde controlada pela família Bueno quer levantar capital para reduzir sua alavancagem – que chegou a 3,75x no último tri  – bem como atravessar um ano em que a Selic deve permanecer em dois dígitos.  A companhia também quer ficar confortável para aproveitar oportunidades de M&A.

A ideia é encontrar um fundo de private equity ou fundos de ativos líquidos dispostos a subscrever novas ações acima do preço de tela, em troca de um warrant para aumentar sua participação com desconto no futuro. A estrutura se presta tanto a um private equity clássico quanto a fundos que queiram fazer um PIPE (private investment in public equity).

Depois que sua ação caiu 53% nos últimos 12 meses, a Dasa está valendo R$ 9 bilhões na Bolsa. A companhia voltou ao mercado num re-IPO em abril do ano passado, quando levantou R$ 3,8 bi a R$ 58/ação.

Outras ações do setor caíram na mesma magnitude ao longo do último ano: Hapvida perde 55%, Rede D’Or, 42%.

A ação da Dasa sofreu no último ano e meio com o colapso da margem EBITDA — que começou a se recuperar mais recentemente —  e investidores esperando que, para além de sua tese de ecossistema, a companhia demonstre capacidade de execução.

A ação negocia a 6,7 EV/EBITDA 2023.  Para efeito de comparação, Rede D’Or e Hapvida negociam ao redor de 10,8x.