Três meses depois de pilotar a proposta de fusão com a Vibra, o BTG Pactual segue aumentando sua participação na Eneva.

O Partners Alpha — um veículo de investimento que pertence à partnership que controla o banco — disse hoje que aumentou sua participação na geradora de energia de 10% para 15% do capital.

Além dos 15% do Partners Alpha, o BTG Pactual tem outros 22% do capital por meio de um investimento direto do banco, somando agora 37% das ações.

Essa nova posição ainda deixa o BTG com uma participação menor do que a do bloco formado pela Cambuhy com as gestoras Dynamo, Atmos e Velt, que juntos detêm cerca de 40% da companhia. 

O aumento da posição do BTG e a montagem de posição de outros fundos tem reduzido o free float da Eneva. 

O Brazil Journal apurou que a Sharp Capital e a Gávea Investimentos já chegaram a 4% do capital cada uma. (Na Bloomberg, a participação de cada uma das gestoras aparece em cerca de 2,2%).  

A ação da Eneva tem andado de lado nos últimos meses. Desde o início do ano, o papel cai 4,5%. Nos últimos doze meses, sobe 3%. 

A companhia — que estava na disputa pelas térmicas da Eletrobras, vendidas hoje para a J&F — vale pouco mais de R$ 20 bilhões na B3. 

O BTG tem buscado aumentar sua influência na Eneva com o objetivo de transformá-la no seu principal veículo de consolidação em energia — uma estratégia que tem enfrentado resistência da Cambuhy.