A Vinci Partners vai assumir a franquia e as lojas da Domino’s no Brasil, tentando repetir com a pizza o mesmo sucesso que teve com seu investimento no Burger King Brasil, segundo uma pessoa com conhecimento da transação.

O contrato de compra e venda foi assinado na semana passada. A notícia saiu primeiro no Radar Online de VEJA.

Hoje, a franquia da Domino’s no Brasil pertence ao Grupo Trigo, a holding do Rio de Janeiro que também controla as marcas Spoleto (de massas), Koni e Gurumê (de comida japonesa).

A Domino’s tem cerca de 200 lojas no Brasil — majoritariamente franquias — e, segundo um investidor, a Vinci acredita que há potencial para quintuplicar este número nos próximos anos. (Para efeito de comparação, o Burger King Brasil tem 710 lojas.) Como o formato das lojas da Domino’s é mais simples e seu custo, menor, isto deve permitir a entrada em cidades menores.

Segundo uma fonte, antes de fazer a oferta pela Domino’s, a Vinci estudou a master franquia do Pizza Hut, mas considerou a Domino’s superior como modelo de negócios, produto e marca. Agora, o investimento colocará a Vinci em concorrência direta com a holding Sforza, da família Wizard Martins, que assumiu as operações da Pizza Hut e do KFC no Brasil no início do ano. A Sforza já explora a marca Taco Bell, que também pertence à Yum Brands, desde 2016.

A maior atratividade da Domino’s é a forma como a empresa desenvolveu sua plataformas online, particularmente as ordens por celular.  Mais de 60% dos pedidos de pizza da Domino’s nos EUA são feitos por canais online.

A compra da Domino’s é o primeiro investimento do Vinci Partners III, fundo de private equity que já captou R$ 2 bilhões e cujo objetivo é fechar acima de R$ 3 bilhões.

A Vinci, que investiu no Burger King Brasil em junho de 2011 e já teve cerca de 62% do negócio, ainda é dona de 13,3% da companhia.

Em fevereiro deste ano, o Brazil Journal noticiou que a Restaurant Brands International (RBI) estava estudando uma oferta pela Domino’s Pizza, mas aquela oferta ainda não se materializou. (Às vezes uma pizza demora a sair do forno, ou o pizzaiolo muda de ideia.)

A Estater assessorou o Grupo Trigo, e o Itaú BBA assessorou a Vinci.

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