O C6 Bank é mais uma fintech a demitir para enfrentar o ano de 2023. A empresa não confirmou o número, mas internamente funcionários falam em 500 demitidos – 12% do quadro.

O C6 disse em nota que tem 400 vagas abertas e, no total, fará 800 contratações em 2023.

“O número de novos funcionários neste ano superará em centenas de posições o número de profissionais desligados,” disse a fintech.

O foco dessa mudança seria fazer “uma mudança de rota” dentro da empresa e entregar resultados para investidores cada vez menos pacientes, uma fonte do banco disse ao Brazil Journal.

Há um ano e meio o JP Morgan comprou 40% do C6 a um valuation não revelado. O C6 queimou quase R$ 500 milhões em caixa no primeiro semestre do ano passado, o último dado disponível.

Segundo essa fonte, o C6 vai dar mais atenção às áreas que estão crescendo (o segmento de alta renda) e também impulsionar o comercial, além de contratar gerentes digitais. “Não teria como fazer a realocação dos demitidos,” disse essa pessoa.

O anúncio pegou de surpresa vários funcionários. Entre os demitidos estão pessoas que haviam sido contratadas há apenas dois meses, e até funcionários que tinham conseguido aumentos de salário recentemente. “Não foi por performance,” disse um demitido. O setor mais atingido foi o de tecnologia.

Para o Sindicato dos Bancários de São Paulo, o C6 afirmou que “haverá uma reestruturação na área de tecnologia da informação e setores corporativos e operacionais.”

“Foi uma surpresa,” disse um sindicalista. “No fim do ano passado eles prometeram contratar e agora demitem.”