A Panvel deu detalhes sobre seu follow-on, que pode ultrapassar R$ 1,2 bilhão.
 
A ação chegou a subir 10%, antecipando uma oferta concorrida e um aumento na liquidez do papel, que já negocia a 37x o lucro de 2021 versus 40x para a Raia Drogasil. Um mês atrás, o múltiplo P/L era de apenas 28x.
 
Mas no meio da tarde, a ação devolvia quase todos os ganhos e subia apenas 1%, com um volume projetado de R$ 25 milhões, 4x a média dos últimos 20 dias.
 
A rede de drogarias gaúcha disse que a oferta será de 32 milhões de ações, dividida igualmente entre uma tranche primária e outra secundária.
 
Na secundária, os vendedores incluem o Kinea, que comprou 10,5% da empresa ano passado; o fundo de pensão Petros, que tem 3% da companhia; e diversos membros das famílias Weber, Mottin e Pizzato, que juntas controlam a companhia.  
 
O Kinea tem 9,9 milhões de ONs (8,1% das ONs) e 4,4 milhões de PNs (32,6%).
 
Incluindo o lote suplementar, a oferta movimentaria R$ 1,2 bi ao preço de sexta-feira. O lote adicional será de até 6 milhões de ações, sendo 3,2 milhões de novas ações emitidas pela companhia e 2,8 milhões do Kinea. 
 
Como parte da oferta, a Panvel se comprometeu a aderir ao Novo Mercado em até seis meses. A PN hoje negocia a 82% do preço da ON, sugerindo que o mercado aposta que a relação de troca não será de 1:1.
 
No Brasil, a oferta está disponível apenas para investidores profissionais (aqueles com mais de R$ 10 milhões em liquidez), e virá num momento em que o mercado também estuda o IPO da Pague Menos.
 
Os coordenadores da Panvel são Bradesco, BTG e Itaú BBA.
 
Pelo consenso de mercado, a Panvel deve lucrar R$ 111 milhões em 2021; a Raia Drogasil, R$ 890 milhões.