Anna Wintour, a mais icônica jornalista de moda do mundo – e que inspirou a personagem do filme O Diabo Veste Prada – vai deixar o posto de editora-chefe da Vogue americana após 37 anos.
Wintour comunicou hoje a colaboradores que a Condé Nast — a editora dona da Vogue, GQ e Vanity Fair — está procurando alguém para substituí-la.
Apesar de se afastar das tarefas diárias de edição, a britânica permanecerá na Condé Nast como diretora global de conteúdo, um cargo que assumiu em 2020, e como diretora editorial global da Vogue.
O profissional que suceder Wintour receberá o título de head de conteúdo editorial da revista, um cargo que já existe nas edições francesa, britânica e japonesa da Vogue.
Nascida em Londres, Anna Wintour passou por veículos como a Harper’s Baazar e a New York Magazine antes de chegar à Vogue em 1985. Assumiu a edição da revista três anos depois.
A indústria da moda dá a ela o crédito pela reinvenção da revista, que sob sua gestão passou a ditar e negar tendências no mundo da moda com suas matérias, editoriais e, principalmente, capas.
Mas não foi só o trabalho de Wintour que foi reverenciado ao longo dos anos.
Seu signature look — um cabelo chanel com franja, óculos escuros e feição esfíngica — entrou para o imaginário popular e influenciou a criação da personagem Miranda Priestly, interpretada por Meryl Streep em O Diabo Veste Prada (2006).
Wintour também organiza anualmente o Met Gala, o evento disputadíssimo que angaria fundos para o departamento de moda do Metropolitan Museum of Art — que leva o nome da jornalista.