Abílio Diniz acaba de avisar às autoridades francesas que aumentou sua participação no Carrefour para 5,07%.
Até agora, Abílio tinha 2,4% do grupo, além do recente acordo que dá a ele 10% do Carrefour no Brasil, uma fatia que pode chegar a 16% em cinco anos.
Aparentemente, as compras foram feitas no mercado de forma pulverizada.
Além disso, VEJA Mercados descobriu que Abílio está negociando a compra da maior parte da participação de Bernard Arnault, dono do grupo LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton e homem mais rico da França.
Os dois maiores acionistas do Carrefour hoje são o próprio Arnault e a família Moulin, representada no conselho do Carrefour por Philippe Houzé, dono das Galeries Lafayette.
Tanto Arnault quanto os Moulin têm 9% do Carrefour cada.
A ideia é Abílio comprar cerca de dois terços da participação de Arnault e chegar a 11% do capital. Houzé, por sua vez, compraria um terço e também ficaria com 11%, e os dois dividiriam o controle do grupo.
Como parte destas negociações, que estão avançando bem, Abílio deverá ser confirmado presidente do conselho do Carrefour mundial no final de abril ou início de maio.
O terceiro maior acionista é o fundo de private equity americano Colony Capital, que tem 6% do Carrefour.
Clique aqui para entender melhor os personagens envolvidos e o sonho de Abílio no Carrefour .
ATUALIZAÇÃO: A assessoria de Diniz enviou o seguinte email à coluna: “A Península, investment office da família do empresário Abilio Diniz, nega a existência de qualquer negociação ou intenção de compra de ações do Carrefour em poder do Grupo Arnault”