A Viveo acaba de anunciar que está trocando de CEO: Leonardo Byrro está deixando o cargo depois de mais de oito anos à frente da distribuidora de medicamentos e materiais hospitalares.
Byrro será substituído por André Clark Juliano, que trabalhou os últimos dez anos na Siemens, os últimos cinco como vice-presidente da Siemens Energy Brasil.
Juliano assume a posição em janeiro, e haverá um período de transição de três meses no qual Byrro ainda continuará na companhia.
Uma fonte próxima à Viveo disse ao Brazil Journal que a transição no comando vem sendo desenhada desde o início do ano e que o conselho entrevistou diversos executivos até tomar a decisão final.
Segundo essa fonte, Byrro está saindo porque quer se dedicar a startups em que hoje tem o papel de sócio-investidor, e agora pretende ter um papel mais ativo na gestão.
Byrro não faz parte do conselho, e a companhia ainda não decidiu se ele vai assumir um assento no board, cuja próxima eleição acontece em abril do ano que vem, logo após o fim do período de transição.
A troca do comando vem num momento em que a Viveo começa a colher os frutos de um turnaround que começou há dois anos.
Depois de um período de forte crescimento, que incluiu 26 aquisições e fez a receita multiplicar por 6,5x de 2017 até 2023, a companhia sofreu para integrar todas as empresas que comprou, viu seu EBITDA desabar e sua alavancagem crescer na mesma proporção.
Nos últimos anos, ela abriu mão de crescimento para focar na integração dos ativos e na melhora da eficiência do negócio, com foco na rentabilidade.
A entrada de Juliano tem um caráter de “continuidade,” disse a fonte. “Tem muitos projetos que já foram feitos, mas ele vai dar continuidade e avançar no ganho de eficiência. Além disso, a companhia tem que desalavancar bastante ainda, o que vai acontecer com a melhoria dos resultados futuros.”
A Viveo fechou o terceiro tri com alavancagem de 4,17x EBITDA, abaixo dos covenants que tem com os bancos, de 4,5x, mas num patamar ainda muito elevado.
Antes da Siemens, Juliano passou mais de sete anos na Camargo Corrêa, onde foi vp de negócios internacionais. Também teve passagens pela Booz Allen Hamilton e pela Votorantim Celulose.











