A Tesla perdeu US$ 500 bilhões em market cap nos últimos dois meses. A maior parte desse mergulho ocorreu depois de Elon Musk ter selado a compra do Twitter, no fim de outubro.
Para o analista Adam Jonas, do Morgan Stanley, a queda já foi longe demais e não se justifica, tendo em vista a projeção de vendas e lucros da montadora.
A ação se aproxima do nível de US$ 150 que é o ‘bear case’ do banco. O papel sobe 4% hoje depois da recomendação de compra – negociando a US$ 176. Jonas tem um preço-alvo US$ 330.
A preços de hoje, a Tesla negocia a 14x o EV/EBITDA de 2025…. e a 26x o lucro daquele ano. Daqui até 2030, o banco estima que a companhia vai crescer a venda de carros a uma taxa média composta de 23% ao ano (em termos de número de veículos) e 25% ao ano (receita), bem abaixo da meta de 50% da própria Tesla.
Ele diz que a companhia – que ainda vale US$ 550 bilhões – foi atingida por um possível contágio do Twitter em quatro áreas: sentimento do consumidor, dado que alguns compradoresnsumidores podem não querer se associar ao negócio controverso; parcerias comerciais; relações governamentais, dado que a Tesla depende de parcerias com os governos para executar seu plano de investimentos, especialmente nos EUA e na China; e o apoio do mercado de capitais.
“Embora seja difícil quantificar, acreditamos que deve haver alguma forma de “circuit breaker” no sentimento em torno da situação do Twitter para acalmar as preocupações dos investidores em relação à Tesla.”
Mas para ele, a queda na ação já deve ser vista como uma “janela de oportunidade.”