A SLC Agrícola está comprando a Terra Santa, uma transação que aumenta em 30% a área de plantio da empresa, que tem hoje mais de 450 mil hectares em seis estados.

O negócio será pago por meio da emissão de ações e envolve uma reorganização societária da Terra Santa. 

A Terra Santa vai segregar suas fazendas numa nova empresa, chamada ‘Terra Santa LandCo’, e deixar na empresa original a safra atual, as dívidas, os equipamentos de plantio, além de alguns créditos fiscais. 

Como parte da transação, os acionistas da Terra Santa ganharão ações dessa nova empresa (que arrendará as terras para a SLC), bem como ações da SLC. 

Após segregar as terras, a Terra Santa teria um enterprise value de R$ 550 milhões do total, a SLC pagará R$ 65 milhões em ações para os acionistas da Terra Santa; o restante corresponde à assunção de dívidas. 

A ação da SLC foi avaliada em R$ 25,83 com base no preço médio ponderado dos últimos 60 pregões. Hoje, o papel fechou cotado a R$ 25,5. 

“Parece um negócio interessante para ambos os lados,” diz um gestor comprado em SLC. “Além de ganhar ações da SLC, os acionistas da Terra Santa vão ficar com um ativo interessante sendo remunerados pelo arrendamento. Já a SLC vai aumentar em 30% seu portfólio só com a emissão de ações e assunção de dívidas.”

A transação vai ao encontro da estratégia da SLC de crescer com um misto de terras próprias e arrendadas (um modelo asset light que aumenta o risco do negócio, mas também o retorno). 

Hoje, 45% das terras plantadas da SLC são próprias e o restante arrendadas.

A aquisição também deve trazer sinergias geográficas: as terras da Terra Santa são contíguas a algumas unidades produtivas que a SLC tem no Mato Grosso.