Um time de analistas de ações acaba de deixar o Opportunity para fundar uma nova gestora, a Ryo Asset.
A equipe é liderada por Luiz Constantino, que entrou no Opportunity como estagiário há 16 anos e era o gestor de cerca de R$ 4,7 bilhões nos fundos Opportunity Long Biased e Opportunity Selection.
Luiz levou para a Ryo sua equipe de seis analistas: Milton Baggio, que cobre energia e varejo; Renato Antunes (financeiro, mineração e siderurgia); Renata Baião (shoppings e educação); Samir Moreira (saúde, telecom/tech e imobiliário); Oswald Souza (petróleo e indústrias); e Samuel Dias (saneamento e proteínas).
Sob a gestão de Luiz, o Selection, que começou em 2011, teve um retorno anualizado de cerca de 11% (contra 5,3% do Ibovespa); o Long Biased, que surgiu em 2013, retornou 16% ao ano (contra 10,9% do Ibovespa).
Nos últimos anos, as equipes de Luiz e do Lógica, o lendário fundo gerido pelo fundador Dório Ferman, entraram em rota de colisão. No mercado, há relatos de disputa entre as equipes desde pela alocação de IPOs até por reuniões com empresas. (Consultados, ambos os lados dizem que a separação foi ‘elegante’.)
A Ryo — que terá um produto long-only e um long-biased — deve começar a operar em abril e ainda vai manter conversas com plataformas para acordos de distribuição.
Além dos analistas, a gestora terá três pessoas na área comercial e administrativa, uma delas vinda do BTG.
Não é a primeira vez que o Opportunity serve de escola para a criação de outras gestoras. Em 2011, alguns sócios saíram para criar a Pacifico, que hoje tem quase R$ 3 bi sob gestão. Antes disso, em 2001, Bruno Garcia, responsável pelo risco, e Carlos Eduardo Ramos, gestor de ações, saíram para fundar a ARX.