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Matias Spektor: Risco geopolítico aumenta, e Brasil encolhe

27 de ago, 2025

O mundo entrou numa era de riscos inéditos desde o fim da Segunda Guerra Mundial, diz o professor Matias Spektor, fundador e vice-diretor da Escola de Relações Internacionais da FGV.

Neste episódio de Lado B, Spektor destaca que o jogo de forças global é dominado por três potências – EUA, China e Rússia – que se comunicam de maneira falha.

“Não existe um instrumento legal, nem um marco político que leve as grandes potências a discutir o risco de uma guerra nuclear, que é muito elevado.” 

Para Spektor, o governo Trump cristalizou uma agenda que já vinha se formando em Washington: conter a China a qualquer custo. Nesse contexto, a Rússia deixou de ser vista como inimiga prioritária. “Para combater a China, tudo bem se a Rússia voltar a ser uma potência militar.”

O professor avalia que o Brasil está mal posicionado no novo cenário. Protecionista e sem articulação diplomática eficaz, virou alvo fácil. “A relação formal diplomática entre os dois países (Brasil e EUA) está em coma, porque o lado americano não quer engajar,” afirma. 

Marcos Lisboa, apresentador do podcast, acrescentou: “Se os Estados Unidos querem um inimigo, o Brasil parece ser o candidato impecável.”

O videocast Lado B também está disponível no Spotify.

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