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Barreira de entrada protege deep tech do inverno das startups

16 de ago, 2023

Depois da exuberância de 2021, os investimentos em venture capital estão em forte queda. Mas há exceções: uma delas são as startups de alta tecnologia, diz o gestor Guy Perelmuter, fundador e CEO da GRIDS Capital.

A GRIDS é especializadas em investir em
deep tech, empresas muitas vezes nascidas nos laboratórios das universidades e que desenvolvem inovações a partir da pesquisa científica, em áreas como robótica, novos materiais, nanotecnologia e biotecnologia, além de inteligência artificial. “A oferta e a demanda são muito desbalanceadas”, afirma. “Há mais gente em busca dessas tecnologias do que pessoas e empresas capazes de produzi-las.”

Em IA, a tese de investimento da GRIDS é se posicionar em startups que tragam inovações na “infraestrutura” de hardware e software, e não nas empresas de aplicativos do “soft tech”, em que a barreira de entrada é muito baixa, afirma Perelmuter.

Ter “barreira de entrada significativa” é um dos critérios observados por Perelmuter para decidir a alocação em diferentes setores. Algumas das investidas são startups originadas de trabalhos acadêmicos, protegidas por propriedade intelectual. Entre as investidas da gestora estão empresas como a Recursion, que usa IA para desenvolver medicamentos, a Plotlogic, que desenvolve ferramentas de IA para a mineração, e a Hugging Face, que ajuda na criação de aplicativos de deep learning.

Perelmuter foi  chief risk officer do “velho” Pactual e fez mestrado em engenharia elétrica com ênfase em inteligência artificial. É autor do livro Presente Futuro: o mundo movido à tecnologia. 

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