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A nova Serena: foco em EBITDA e mais seletiva nos investimentos

22 de fev, 2024

Mesmo em um momento de preços mais baixos de energia, a Serena (ex-Omega) reportou um EBITDA de R$ 1,64 bilhão em 2023, 9,1% acima do guidance fornecido pela companhia. Segundo o CEO e fundador, Antonio Bastos Filho, o resultado foi impulsionado pela entrada em operação de novos projetos, que contribuíram com um acréscimo de R$ 200 milhões no EBITDA, além do aumento da eficiência tanto pela redução de despesas (com impacto positivo de R$ 50 milhões) quanto pela formulação de contratos com maior margem (mais R$ 100 milhões). No quarto trimestre, o EBITDA foi de R$ 518 milhões, um aumento de 44% em comparação com o mesmo período de 2022.

Para o próximo ano, o executivo projeta um EBITDA de R$ 1,92 bilhão, contra uma estimativa anterior de R$ 2 bilhões. Segundo ele, essa revisão ocorreu principalmente devido ao fim da joint venture com a EDF Renewables, resultando na divisão dos ativos com a antiga parceira. “Essa operação resultará em um EBITDA menor para nós, mas trará para a Serena uma maior geração de valor devido à sinergia com outras operações nossas,” disse.

A alavancagem, que caiu de 6,6x para cerca de 6x, deve atingir 4,5x até o final de 2024. “Com todos os ativos em operação e o alongamento das dívidas, a alavancagem convergirá rapidamente para níveis mais baixos,” disse.

Após realizar o maior investimento da sua história nos últimos dois anos, de R$ 4,5 bilhões, Bastos Filho acredita que a hora é de ser mais “seletivo” nos aportes. Não por acaso, o investimento esperado para esse ano não deve passar de R$ 1,2 bilhão. “Não estamos convencidos que esse aumento recente de preços seja estrutural, então vamos ser bem mais seletivos nos investimentos,” disse.

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