Em seu terceiro block trade para reduzir sua posição em XP, a Itaúsa vendeu mais 7 milhões de ações ontem à noite num bloco coordenado por Itaú e Bank of America.
O papel saiu a US$ 18 – comparado aos cerca de US$ 30/ação dos dois blocos anteriores, em dezembro e março.
Uma fonte próxima à companhia disse ao Brazil Journal que a Itaúsa só aceitou vender nestes níveis por uma necessidade específica – complementar o cheque para a aquisição dos 10,33% da CCR anunciada ontem, um investimento de R$ 2,9 bilhões – e não quis vender mais apesar de uma demanda que chegou a 20 milhões de ações, quase 3x o tamanho da oferta.
Dezenas de investidores participaram, incluindo duas grandes gestoras locais e duas internacionais.
Com os três blocos já realizados, a Itaúsa já reduziu sua participação direta na XP de 44,8 milhões para 18 milhões de ações.
A Itaúsa ainda tem uma participação indireta: a IUPAR (Itaú Unibanco Participações) — um veículo de controle do Itaú que pertence à Itaúsa e à Cia. E. Johnston, um veículo da família Moreira Salles — tem outros 59 milhões de ações.
No atual valor de mercado, de US$ 10,4 bilhões, a XP negocia hoje a 11x o lucro estimado para 2023.