A Heineken está na reta final de uma negociação para a compra de toda a operação da Brasil Kirin, a antiga Schincariol.
Ao contrário do que já foi noticiado, a negociação em curso não inclui apenas as fábricas da empresa, ainda que a capacidade fabril seja um componente importante da transação.
No entanto, é improvável que a compra leve a uma guerra de preços como aquela que a própria Schincariol travou com a Ambev em 2003-2004.
Pelo menos inicialmente, o foco da Heineken é desenvolver o segmento premium, e não trabalhar agressivamente as cervejas pielsen, onde ocorrem 85% do consumo de cervejas no país.
A Heineken tem investido pesado em crescimento orgânico, para flexibilizar e ampliar sua produção.
A empresa acaba de reinaugurar sua fábrica em Ponta Grossa (PR), um investimento de R$ 400 milhões.
Em recente entrevista ao Estadão, o presidente da Heineken Brasil, Didier Debrosse, disse que o investimento permitirá que a companhia produza 40 diferentes produtos na nova linha, ampliando a oferta de Heineken e reforçando sua estratégia multimarcas.
A Heineken também está investindo R$650 milhões numa nova planta em Goiás, e já gastou R$ 150 milhões para ampliar sua planta em Jacareí, em São Paulo.
As novas fábricas também absorverão a produção das unidades de Manaus (AM) e Feira de Santana (BA), fechadas recentemente.