Jamie Dimon está dizendo aos acionistas do JP Morgan para esperar o melhor — preparando-se para o pior.
O CEO do banco mais valioso do mundo disse que a economia americana está diante de “riscos sem precedentes com a guerra na Ucrânia, a inflação persistente e a alta dos juros impactando a recuperação da pandemia.”
Esses fatores “apresentam circunstâncias completamente diferentes do que já experimentamos no passado — e a confluência deles pode aumentar dramaticamente os riscos à frente,” Dimon escreveu em sua carta anual aos acionistas do banco.
“Ainda que seja possível, e esperado, que todos esses eventos tenham resoluções pacíficas, deveríamos nos preparar para potenciais desfechos negativos.”
O CEO do JP Morgan disse ainda que o Federal Reserve pode aumentar os juros a níveis “significativamente maiores” do que os mercados esperam.
“Se o Fed acertar, podemos ter anos de crescimento, e a inflação eventualmente vai começar a cair. De qualquer forma, esse processo vai causar muita preocupação e deixar os mercados voláteis,” escreveu.
Para ele, a guerra na Ucrânia e as sanções à Rússia “no mínimo vão desacelerar a economia global — e isso pode facilmente piorar.”
As sanções já impactaram os mercados de petróleos, commodities e agricultura e Dimon acha que outras sanções ainda podem ser tomadas, o que poderia “dramaticamente, e de forma sem precedente, aumentar os seus efeitos.”
“Junto com a falta de previsibilidade da guerra e as incertezas em torno das cadeias globais de commodities, isso cria uma situação potencialmente explosiva.”