O Santander iniciou a cobertura da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) com recomendação ‘neutra’ e preço-alvo de R$ 6.
O papel negocia a R$ 4,56 na tarde de hoje, em queda de 2,3%.
Os analistas acham que apesar da performance ruim no ano (a ação cai 53% desde janeiro em comparação a uma alta de 17% do Ibovespa, em dólar), não existem catalisadores no curto prazo.
“O preço fraco do alumínio deve continuar a pesar nos resultados, na nossa visão, levando a lucros pressionados, uma fraca geração de caixa livre e um pico na alavancagem no segundo semestre,” diz o relatório.
Para o Santander, a CBA deve se beneficiar das tendências de descarbonização, já que ela fez investimentos na produção verde que vão criar uma vantagem competitiva no longo prazo. “Mas isso deve ter um impacto limitado este ano e em 2024.”
Os analistas dizem que, ainda que a demanda tanto por cobre quanto por alumínio deva ser impulsionada pela eletrificação das economias, o mercado de cobre deve surfar melhor essa tendência.
Isso ocorre basicamente por conta de desafios na oferta, que podem levar a um déficit de cobre, com um impacto positivo nos preços. Já o alumínio deve ter um excedente de oferta em 2024, diz o Santander.
Nas contas do banco, o excedente de oferta no mercado de alumínio deve girar em torno de 343 mil toneladas este ano e 102 mil toneladas no ano que vem.
“Por outro lado, reconhecemos que a indústria de alumínio provavelmente terá que ser penalizada por suas emissões de carbono no médio prazo, e produtores mais verdes, como a CBA, podem se beneficiar desse custo adicional na indústria.”
O Santander disse que três fatores podem deixá-lo com uma visão mais positiva para a ação. Uma correção ainda maior no preço da ação; uma demanda global por alumínio acima do esperado; e uma redução de custos também acima do esperado pela CBA em 2024.