Eduardo Gouveia renunciou à presidência da Cielo, marcando a segunda baixa na liderança da companhia em menos de dois anos, e num momento de concorrência brutal no setor de meios de pagamento, particularmente depois do IPO da PagSeguro.
Gouveia assumiu a Cielo no começo de 2017, substituindo Rômulo Dias, que comandara a empresa por oito anos. Rômulo foi contratado este ano como CEO do UOL, que controla o PagSeguro.
A Cielo afirmou que a renúncia de Gouveia aconteceu por questões de ‘foro pessoal e familiar’. O conselho nomeou o CFO Clovis Poggetti Junior como CEO interino.
No Fato Relevante publicado há pouco, Gouveia elogiou a empresa:
“Minha passagem pela Cielo foi, certamente, uma das mais ricas de minha vida, no aspecto tanto profissional quanto pessoal. Sair foi a decisão mais difícil que já tomei. Demandou muito tempo e muita reflexão. Aqui na Cielo tive a oportunidade de fazer parte de um time de altíssima qualidade e desempenho, vivenciando um dos momentos de maior transformação da indústria de meios de pagamento. Tenho certeza de que os esforços que empreendemos serão recompensados no futuro em face do compromisso da companhia com a geração de valor aos seus acionistas. Deixo um grupo de colaboradores que tenho como parte de uma grande família, da qual tive orgulho de pertencer. Saio com sentimento de missão cumprida por ter dado passos firmes na direção correta.”
Gouveia fica na companhia até agosto. A Cielo fará duas teleconferências — a primeira ao meio-dia — para explicar a renúncia.