Ao longo dos últimos 12 meses, a ação do Banco do Brasil sobe 9%, enquanto a BB Seguridade sobe 33% – para deleite de investidores que ficaram vendidos na primeira e comprados na segunda.
Dada essa outperformance, uma dúvida comum do buyside tem sido “quando trocar?”
O analista Pedro Leduc, do Itaú, se debruçou sobre o assunto e descobriu o seguinte: o que dita a performance relativa entre os dois papéis não é o ROE, nem o lucro, nem o NPL do banco — é o risco-Brasil.
Quando o risco sobe, as pessoas trocam o banco pela BB Seguridade, que não tem um balanço que possa ser usado politicamente por Brasília.
“Na prática, quanto pior o fiscal, maior o temor de os bancos estatais serem usados como um motor de crescimento do PIB,” escreveu Leduc. “Hoje não é o caso, a governança está forte no BB, mas o temor vive.”
O risco-País medido pelos credit-default swaps subiu 100 pontos-base desde o início do ano.