A Bahema Educação comprou três escolas da Ânima em Santa Catarina e fez um acordo para abrir pelo menos outras cinco em campi da companhia de educação superior.
“Essa operação é um ganha-ganha. Para nós, é uma expansão eficiente porque economizamos no capex e pagamos um aluguel variável, como percentual da receita. Já a Ânima rentabiliza espaços que tendem a ficar ociosos com a migração para o ensino híbrido,” o CFO Guilherme Affonso Ferreira Filho disse ao Brazil Journal.
A Bahema vai pagar R$ 30 milhões, sendo R$ 18 milhões no closing e R$ 12 milhões até maio de 2022. Além disso, pode pagar um earnout de cerca de R$ 6 milhões até 2024.
As três escolas — Escola Internacional de Florianópolis, Escola Internacional de Blumenau e o Colégio Tupy em Joinville — têm juntas 950 alunos e eram parte da Unisociesc, comprada pela Ânima em 2016.
A Bahema tem focado em escolas de três linhas pedagógicas complementares: as sócio-construtivistas, as bilíngues/internacionais e a Escola Mais, uma escola em tempo integral a preços acessíveis.
A companhia vale R$ 190 milhões na Bolsa, mas sua ação é ilíquida. Com as aquisições, a companhia deve chegar próxima a um faturamento de R$ 300 milhões este ano.
Numa transação concluída em março, a Bahema levantou R$ 115 milhões com uma debênture conversível junto a cinco investidores.
O FIP Compostella — cujos cotistas incluem os acionistas originais da Ânima — e a Mint Capital subscreveram R$ 55 milhões do total. O FIP e a gestora têm um acordo de acionistas e, quando a dívida for 100% convertida, os dois terão cerca de 41% do capital da Bahema.
A seguradora canadense Fairfax Financial tem outros 23% e a família Affonso Ferreira — acionista original da Bahema antes de sua guinada para a educação — tem cerca de 17% do capital.
A Bahema Educação agora passa a ter 14 escolas em cinco estados, incluindo a Escola da Vila, a Escola Viva e a Escola Mais (SP), Escola Parque (RJ), Escola Autonomia (SC), Colégio Apoio (PE) e Grupo Balão Vermelho (MG).