Num dia marcado por um repique há muito aguardado pelo mercado – com o Ibovespa (finalmente) ganhando 1,8% – BTG Pactual e XP foram destaques de alta.
O BTG anunciou que vai gastar até R$ 1 bi para recomprar sua ação, o equivalente a cerca de 1,5% do market cap do banco.
Até ontem, a unit do BTG caía 41% desde o high em 26 de julho do ano passado. O papel fechou em alta de 4%, a R$ 19,48, com o banco valendo R$ 75 bi.
O BTG negocia a 2x o valor patrimonial reportado no final do terceiro tri, um prêmio significativo sobre os bancos de varejo, que negociam na faixa de 1,3x a 1,5x.
“A mensagem aqui é que nesse preço também somos compradores,” o CFO João Dantas disse ao Brazil Journal.
Já a XP surpreendeu o mercado com sua captação de dinheiro novo no quarto tri, fazendo o papel avançar 8,5% na Nasdaq, para US$ 30. (O mercado temia uma desaceleração aguda no fluxo de recursos.)
A XP teve captação líquida de R$ 48 bilhões no trimestre, com crescimento de 29% em relação ao tri anterior.
Excluindo as chamadas “custódias concentradas” – aquelas acima de R$ 5 bilhões e mais voláteis – a captação líquida ficou em R$ 41 bilhões, ou R$ 13,6 bilhões por mês, e ficou 9% acima do esperado pelos analistas do BTG.
Em 2021, a captação líquida foi de R$ 230 bilhões, uma alta de 16% em relação a 2020. Ajustada pelas custódias concentradas, a captação foi de R$ 176 bilhões, ou R$ 14,7 bilhões por mês, um crescimento de 25%.
A XP disse que o resultado reflete a resiliência de sua rede de agentes autônomos e canais diretos em momentos de incerteza macroeconômica.