A ação da Positivo já subiu 140% desde o início do ano — mas a XP acha que tem espaço para mais. 

A corretora retomou hoje a cobertura da fabricante de computadores e smartphones com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 16, um upside de 32% em relação ao fechamento de sexta. 

“O valuation da Positivo oferece um risco-retorno muito atrativo e vemos espaço para um re-rating,” escreveram os analistas Bernardo Guttman, Marco Nardini, Matheus Soares e Marcella Ungaretti. “A ação está negociando hoje a 9,5x o lucro estimado para 2021 e a 7,6x o de 2022, o que consideramos subavaliado.”

A estimativa da XP é um CAGR de 5,3% para a receita nos próximos três anos, de 2,9% para o EBITDA e de 5,7% para o lucro líquido. 

A XP também notou que desde 2017 a Positivo começou a diversificar seu negócio abrindo novas avenidas de crescimento — incluindo a entrada em servidores, internet das coisas e no aluguel de equipamentos. 

“Essas iniciativas têm ou margens maiores ou/e sinergias com o core business da Positivo. Esperamos que essas novas receitas respondam por 31% das vendas da Positivo em 5 anos (dos 24% atuais),” diz o relatório. 

Outra opcionalidade: os investimentos que a Positivo têm feito em startups, com destaque para a Hilab. Os analistas chamaram a healthtech de testes rápidos de “uma jóia escondida a ser destravada”.

“A Hilab tem sido capaz de combinar crescimento com lucratividade, com uma margem EBITDA acima de 40%, e está evoluindo na sua ambição de transformar o mercado de laboratórios diagnósticos. Portanto, acreditamos que o negócio da Hilab não está precificado de forma corretora no valuation atual da Positivo.”

A Positivo vale R$ 1,7 bilhão na B3.