Enquanto crescem as vozes reiterando recomendações de venda para as ações americanas após o rali que colocou o S&P 500 em novas máximas históricas, o risco de uma correção nos mercados globais não tira o sono de Luis Stuhlberger, gestor do Fundo Verde.
“Há evidências de que pequenas bolhas localizadas estão se formando, especialmente nas parcelas tradicionalmente defensivas dos mercados de ações globais, mas ainda parece cedo para isso provocar problemas maiores”, disse Stuhlberger em sua carta aos cotistas, publicada na sexta-feira.
Para ele, o principal risco ignorado pelos investidores continua sendo os sinais de desaceleração da China.
“Continuamos preocupados com a complacência da maioria dos investidores em relação à economia chinesa, e as consequências disso para os preços de ativos em mercados emergentes, Brasil incluso”, pondera.
Em julho, o Verde rendeu 1,82%, contra 1,11% do CDI, puxado exatamente por ações de empresas globais, além da posição comprada em juro real na renda fixa. A estratégia de Bovespa garantiu um retorno ‘marginalmente positivo’, mas o fundo manteve posição líquida zerada ao longo do mês.
Já na carteira de moedas, a aposta na perda de fôlego da economia chinesa ainda não pagou: houve perda na posição de dólar contra o renminbi.
No acumulado até julho, o Verde perde para o CDI: 6,33% a 7,90%.