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Vinland: juro precisa subir “de verdade”; Kapitalo: sem fiscal, nem Selic alta salva

1 de set, 2024

Dois dos principais gestores do País especializados em juros e moeda — James Oliveira, sócio da Vinland, e Carlos Woelz, sócio da Kapitalo — acreditam que o ciclo de aperto monetário no Brasil não pode começar de forma gradual (como defendeu Roberto Campos Neto recentemente). Para eles, um aumento de 0,25 ponto percentual por vez não é suficiente para conter a inflação. “Para ter controle e tomar as rédeas do mercado”, disse James, é melhor começar o ciclo com uma elevação de 0,5 ponto percentual “e colocar as expectativas, que estão totalmente desancoradas, num nível pelo menos mais próximo da meta de inflação”.

Woelz concorda com o diagnóstico, mas é mais pessimista. Para ele, a alta isolada da Selic não resolve o problema. “O juro não é um remédio universal”, afirmou. Na sua visão, a única maneira de controla a inflação é combinar as políticas monetária e fiscal. Sem isso, o aumento de gasto público pode “anular” o impacto do aumento dos juros, o que poderia levar à economia ao desastroso cenário do governo Dilma 2.

Como as perspectivas não são claras — em parte, em razão da comunicação “desencontrada do BC –, os gestores não têm posições direcionais em juros no Brasil. “Não sei o que fazer”, disse Woelz. Esta entrevista faz parte da cobertura especial do Brazil Journal na Expert.

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