27 de fev, 2023
O mercado de crédito global vai entrar na era dos altos retornos na visão da Oaktree, gestora americana que tem cerca de US$ 110 bilhões de ativos sob gestão em crédito. “Nos últimos 40 anos, os juros baixos deram subsídio para os tomadores de empréstimo e criaram um mundo de baixos retornos”, diz Danielle Poli, diretora e estrategista de crédito global. Agora isso começa a mudar, afirma ela. A Oaktree tem uma pequena participação em mercados emergentes, fatia que não deve crescer muito diante das oportunidades em países desenvolvidos. O Brasil, no entanto, está no radar.
Wayne Dahl, diretor administrativo da Oaktree e responsável pela área de risco da gestora, enxerga que o atual momento complicado de empresas como Americanas, Marisa, CVC, entre outras, não é muito diferente do que aconteceu no restante do mundo em diferentes ocasiões e o motivo pode ser resumido como excesso de otimismo. “Quando o mercado fica muito animado, está disposto a financiar as empresas porque há muito dinheiro. Mas quando a taxa de juros sobe, essas companhias ficam expostas e podem não ser capazes de superar cenários desafiadores.”
