11 de nov, 2024
O Brasil tem a chance de fazer dos investimentos em projetos ambientais ligados ao clima uma oportunidade de desenvolvimento. Mas isso só vai acontecer se empresas, bancos e investidores se certificarem da qualidade desses projetos antes de direcionar recursos para eles. Um exemplo é que vem acontecendo no mercado de créditos de carbono, inundado recentemente por iniciativas duvidosas e até fraudes.
“Converso com muitas empresas e todas afirmam querer créditos de carbono de boa qualidade, mas ainda é necessário educá-las, pois ainda falta o conhecimento do que é bom ou ruim,” diz Cristiano Oliveira, diretor da Biomas, empresa especializada em créditos de carbono e criada por uma parceria entre Suzano, Itaú, Rabobank, Santander, Vale e Marfrig.
Os desafios não estão apenas no mercado de carbono. A Ambipar vem criando uma agenda para medir os reais impactos dos serviços que presta, como a gestão de resíduos. “Isso pode ajudar nossos clientes a mostrar o real impacto aos seus investidores,” Rafael Tello, diz vice-presidente de sustentabilidade da Ambipar.
Fábio Kono, assessor da diretoria de infraestrutura, transição energética e mudança climática do BNDES, diz que o banco precisa se posicionar como um agente garantidor do desenvolvimento desses setores, muitos deles ainda em fases iniciais.
Esse painel integrou o ESG Summit, promovido pelo Brazil Journal no último dia 5 em São Paulo. O evento reuniu grandes nomes do setor público e da iniciativa privada para discutir caminhos para um desenvolvimento sustentável. Os vídeos de todos os paineis estão disponíveis no site do Brazil Journal.