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Brasil trata crise de segurança com “analgésico genérico”

9 de out, 2024

A resposta às crises de segurança no Brasil é sempre a mesma: o uso da Polícia Militar, que é de fácil mobilização. O problema é que isso funciona como um “analgésico genérico”, aplicado a todos os problemas, sem tratar as causas subjacentes, afirma Joana Monteiro, economista e professora da FGV, especialista em segurança pública. 

Quando essa abordagem falha, a solução proposta é “aumentar a dose” do policiamento, em vez de buscar uma forma de sair do sistema de emergência, baseado no 190, acrescentou. “Estamos enxugando gelo”, disse Joana, professora de políticas públicas na FGV/EBAPE, neste episódio de Lado B

Doutora e mestre em economia pela PUC-Rio e bacharel em economia pela UFRJ, Joana possui experiência acadêmica e como gestora pública. Atuou por seis anos em cargos de confiança no governo do estado do Rio de Janeiro, incluindo os de diretora-presidente do Instituto de Segurança Pública (2015-2018) e coordenadora do Centro de Pesquisa do Ministério Público do Rio de Janeiro (2019-2020). 

Para a especialista, um dos maiores obstáculos é a falta de liderança capacitada para lidar com a complexidade dos diferentes tipos de crimes, além de uma coordenação em nível federal. Além disso, ela destaca a ausência de dados estruturados, o que dificulta a implementação de estratégias baseadas em evidências. “Mesmo que haja boa vontade, a falta de informações confiáveis impede que as soluções sejam devidamente direcionadas.”

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