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As novas vacinas e o “sonho dourado” do Instituto Butantan

28 de abr, 2024

O Instituto Butantan – maior produtor de vacinas e soros da América Latina e o principal produtor de imunobiológicos do Brasil –  se prepara para entrar numa nova fase. “Estamos criando novos laboratórios e unidades, melhorando nossa parte regulatória e a de testes clínicos. Queremos o sonho dourado: que qualquer pesquisador ou cientista com uma grande ideia encontre o mínimo de obstáculos para fazê-la virar uma realidade,” diz o médico infectologista Esper Kallás, diretor do Butantan.

Um grande projeto do instituto é o desenvolvimento de uma plataforma de vacinas que utilizam RNA. “Isso é estratégico,” diz Kallás, que também é professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP. Além de permitir a produção de vacinas em poucos meses, o RNA pode ser usado “para induzir a produção de anticorpos contra germes e até câncer,” disse ele neste episódio de Lado B. “Também é possível usá-lo para corrigir defeitos genéticos.”

Em meio ao recente surto de dengue no País, o Butantan pretende entrar com pedido de registro da primeira vacina brasileira contra a dengue, que está na fase 3 do ensaio clínico, junto à Anvisa no segundo semestre deste ano; e tê-la pronta para o uso em 2025.

Em paralelo, há expectativa pela liberação da primeira vacina contra Chikungunya no mundo, em parceria com a empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva, além de projetos de aprimoramento da vacina contra Influenza, de trivalente para tetravalente, e um protótipo de imunizante contra a gripe aviária, que já deve iniciar a fase 1 na segunda metade do ano.

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