O Neon entrou no rol das fintechs que estão fazendo demissões. A empresa cortou 9% de seus 2.300 funcionários.
“Com base nos ciclos de avaliação de performance recorrentes e despriorização de algumas iniciativas, o movimento foi difícil, mas fundamental para preservar o que nossa eficiência operacional exige,” disse a empresa em nota, sem confirmar quais áreas foram afetadas.
Os layoffs vêm um ano depois da empresa conquistar o status de unicórnio e menos de um mês após captar R$ 331 milhões em uma segunda rodada do seu FIDC para acelerar o seu negócio de cartões de crédito.
Uma lista com os nomes dos demitidos está circulando nas redes sociais. As áreas de tecnologia e experiência do cliente foram as mais afetadas.
No ano passado, o Neon já havia dito que estava “obcecado em dar lucro”. A ideia era que isso já tivesse acontecido em 2022, mas não foi o que ocorreu.
Não por acaso, de acordo com alguns demitidos, desde dezembro havia conversas de corredor sobre cortes. As demissões começaram em dezembro e foram intensificadas nesta semana. A maior parte ocorreu nesta quarta-feira.
Aos funcionários que ficaram, o discurso da fintech é de que os cortes também foram feitos por performance. “Mas haviam pessoas que tinham notas altas de avaliação e foram demitidas do mesmo jeito,” diz uma fonte.
No mês passado, o CFO Jamil Marques disse ao Brazil Journal que a empresa vai bem. “Mesmo em um cenário desafiador, a nossa inadimplência está controlada e as operações, saudáveis.”
Uma crítica dos funcionários é a falta de metas. “O foco virou a lucratividade, mas existiam áreas que nem tinham as metas definidas e já estávamos em fevereiro,” disse um demitido.