Mais um ninho de empreendedorismo no Brasil é dinamitado dentro da sua trincheira.

As microcervejarias, que têm crescido em número e visibilidade, foram derrotadas em sua tentativa de ser incluídas no Simples Nacional, que beneficia empresas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano.

Desde que o Simples foi criado, os produtores de bebidas alcoólicas — incluindo aí vinicultores e produtores de cachaça — são excluídos do sistema.

Na semana passada, a Câmara dos Deputados apreciou uma emenda que passaria a incluir estes três segmentos no regime fiscal mais light.

A emenda foi derrotada.

Não há uma estatística formal sobre o tamanho do mercado, mas estima-se que haja hoje cerca de 200 microcervejarias em operação no Brasil — responsáveis por 0,2% do volume total do mercado — e pelo menos outras 50 em construção.

As microcervejarias geram 100 vezes mais empregos por litro produzido do que as gigantes do setor. Em média, uma micro tem um empregado para cada 5 mil a 6 mil litros produzidos por mês. Nas grandes, a razão é de 1 para 500 mil litros por mês.