A Lopes Brasil quer captar entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões em um follow-on totalmente primário para investir no seu processo de transformação digital, o que pode incluir aquisições, segundo fontes ouvidas pelo Brazil Journal

Os irmãos Marcos e Francisco Lopes, que controlam a companhia com 51,4% das ações, não devem acompanhar a oferta. 

Ontem à noite, a companhia informou em fato relevante que contratou bancos Itaú BBA, BTG Pactual e Bradesco BBI para uma potencial oferta, sem informar valores ou uso dos recursos. 

Nos últimos 12 meses, a ação da Lopes mais que triplicou, saindo das mínimas de R$ 2,50 para um patamar próximo de R$ 8, o maior valor desde 2014. O market cap é de cerca de R$ 1 bilhão. 

Num negócio normalmente pouco intensivo em capital e gerador de caixa nos momentos favoráveis do ciclo imobiliário, a Lopes Brasil vinha sinalizando a investidores que só levantaria dinheiro para investir em sua transformação digital. 

No ano passado, a empresa contratou Juliana Kfouri, uma executiva com passagens pela TAM e B2W para liderar os esforços de digitalização. Uma equipe de sete pessoas está integralmente focada no desafio, mas o trabalho está apenas no início. 

O mato é alto: numa busca por ‘comprar imóveis em SP’ no Google, a Lopes nem sequer aparece na primeira página. 

“Num setor tão sensível aos ciclos, faz sentido ser caixa líquido e não se endividar”, diz um gestor que acompanha a empresa. 

 

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