Um consórcio formado por Itaúsa e Votorantim assinou um acordo de exclusividade para comprar a participação de 14,86% que a Andrade Gutierrez tem na CCR, numa transação que avalia a posição em R$ 4,1 bilhões, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.
O consórcio ofereceu pagar R$ 13,75 por ação, um prêmio de 5% sobre o fechamento de hoje.
Agora, o consórcio começará negociações exclusivas com a Andrade Gutierrez para a assinatura do contrato final. Os outros acionistas do bloco de controle – Mover (a antiga Camargo Corrêa) e o grupo Soares Penido – têm 60 dias para exercer o direito de preferência.
Pressionada por credores, a Andrade tomou a decisão de vender o ativo há pelo menos um ano. Os credores da dívida – que tem as ações da CCR como colateral – incluem Bradesco, Banco do Brasil, a gestora Quadra e detentores de títulos emitidos pela Andrade no exterior.
A IG4, gestora de private equity de Paulo Mattos, também fez uma oferta, mas o valor não pôde ser determinado. A gestora tentou comprar a participação na CCR no ano passado, mas não conseguiu negociar um novo acordo de acionistas nem refinanciar a dívida vinculada ao ativo com os credores locais.
Itaú BBA, Citi e Bradesco BBI assessoraram os compradores, que trabalharam com os advogados do Machado Meyer.
BTG Pactual assessorou a Andrade Gutierrez, que obteve legal counsel do Azevedo Sette.