O Banco Inter acaba de lançar seu follow-on para levantar até R$ 5,5 bilhões.
Como já foi noticiado, a Stone vai colocar R$ 2,5 bilhões do total, de forma a ficar com 4,9% da companhia.
O Softbank, que tem 14,2% da empresa, pretende acompanhar a oferta de forma a não ser diluído, o que deve garantir mais R$ 770 milhões, uma fonte próxima ao fundo disse ao Brazil Journal.
O Inter parece ter levado essa demanda cativa em conta: a oferta-base será de apenas R$ 2,75 bilhões, enquanto o hot issue, que tipicamente é 20% da oferta-base, desta vez terá o mesmo tamanho.
Essa estrutura parece ter sido desenhada para permitir à empresa alocar a demanda cativa na oferta-base, deixando o hot issue para a demanda adicional.
A família Menin, que controla o banco, está abrindo mão do seu direito de preferência para acomodar a entrada da Stone.
Esta deve ser a última oferta do Inter no mercado brasileiro. O banco já disse que seu próximo passo será uma listagem na Nasdaq ainda este ano.
Em tese, o Inter poderia ter deixado para fazer esta oferta já listado na Nasdaq, mas como sua reorganização societária e as burocracias da listagem levam tempo, preferiu deixar algum dinheiro na mesa e fazer a oferta agora — evitando turbulência do calendário eleitoral.
A oferta deve ser precificada no dia 24.
Os coordenadores são Bradesco BBI (líder), JP Morgan, BTG Pactual, Itaú BBA, Bank of America e UBS BB.
No fechamento de ontem, o Inter valia R$ 48 bilhões na Bolsa.