A Iguatemi e o Grupo Jereissati, que controla a empresa de shoppings, estão reestruturando seu investimento na Infracommerce.
O objetivo é permitir que a empresa e a família possam tomar decisões independentes sobre o investimento na companhia, sem que um impacte o outro e afastando qualquer potencial conflito de interesses.
A Iguatemi possui 11,2% da Infracommerce de forma indireta através de fundos próprios e do Engadin, um veículo de investimentos criado pela família Jereissati.
A Iguatemi vai resgatar seus investimentos em todos esses fundos e passar a deter de forma direta os 11,2% da Infracommerce.
Em um comunicado, a empresa informou que não pretende participar do aumento de capital privado anunciado hoje pela Infracommerce. Ainda assim, o assunto deverá ser discutido no conselho de administração.
Uma fonte próxima à companhia disse que a tendência, dada as prioridades de alocação de capital da Iguatemi, é que ela não participe.
Já o Engadin, que passará a ter como principais cotistas os Jereissati, vai participar do aumento de capital.
A participação dos Jereissati e da Iguatemi no Engadim, um veículo fechado da família, não é pública.
A Infracommerce busca entre R$ 170 milhões e R$ 400 milhões no aumento de capital.
Além do Engadin, dois outros acionistas – o fundo americano Compass e a gestora brasileira Núcleo – disseram que vão acompanhar a operação.
A operação também terá a participação de um novo investidor, o Megeve, o family office da família dona da varejista chilena Fallabela. Os quatro investidores vão garantir o valor mínimo.
A empresa busca os recursos para reequilibrar a estrutura de capital e o management espera agora focar no crescimento do negócio.