O Grupo Pão de Açúcar acaba de precificar seu follow-on, levantando R$ 700 milhões com a venda de 220 milhões de novas ações a R$ 3,20. 

O preço foi um desconto de cerca de 4% em relação ao fechamento de hoje, de R$ 3,33. Mas o papel já vinha caindo nos últimos dias, acumulando uma queda de mais de 8% nos últimos cinco pregões.

O ex-CEO e chairman do GPA, Ronaldo Iabrudi, que havia colocado uma ordem de R$ 100 milhões, foi alocado em R$ 85 milhões, ficando com 5,4% da companhia, segundo pessoas a par do assunto. 

Outros investidores que entraram na oferta incluem a SPX e a Nuveen, que já era investidora da empresa. 

O Casino, que tinha 40,9% do GPA antes da oferta, foi diluído para 22,4% do capital. 

O GPA vai usar o capital levantado para reduzir seu endividamento, uma das prioridades do CEO Marcelo Pimentel desde que assumiu o comando em abril de 2022.

Desde então, a varejista levantou cerca de R$ 1,5 bilhão com operações como um sale and leaseback de 11 lojas, a venda de dois terrenos e a venda de parte de sua participação no Éxito e na Cnova.

No quarto trimestre, a alavancagem do GPA fechou em 1,7x EBITDA, uma queda de 0,8 ponto em comparação com o terceiro tri.

Na oferta de hoje, a empresa conseguiu vender os R$ 500 milhões da oferta-base e colocar 60% do hot issue, ou 80 milhões de ações. 

A oferta-base foi 2x oversubscribed no preço de R$ 3,20. Considerando todas as faixas de preço, a demanda foi de 3x book.

O livro foi dominado por fundos locais (70% da oferta) e long onlys (que responderam por 60% da demanda e 75% da alocação).