O Strava — a ‘rede social para atletas’ que virou febre entre ciclistas e corredores no Brasil — acaba de levantar US$ 110 milhões para acelerar sua expansão e lançar novas ferramentas para sua base de mais de 75 milhões de usuários. 

A rodada avaliou a empresa em mais de US$ 1,5 bilhão, segundo o The Wall Street Journal.

A rodada Series F foi liderada pelo TCV (que liderou uma recente rodada do Nubank) e pela Sequoia Capital, além de ter a participação da Dragoneer Investment Group, um fundo de São Francisco que tem como investidor David Bonderman, o fundador da TPG, e que já investiu no Airbnb e no Spotify, entre outros. 

Além do investimento primário, essas gestoras também devem comprar US$ 175 milhões em ações de atuais investidores e de ex- e atuais funcionários, segundo o WSJ.

Investidores atuais que acompanharam a rodada incluem a Madrone Capital (o family office da família Walton, controladora do Walmart), Jackson Square Ventures e Go4it Capital, a gestora brasileira de Marc Lemann e Cesar Villares.

Esta é a sétima rodada do Strava, que levantou outros US$ 70 milhões desde que foi fundado em 2009.

O Strava já é disparado a maior comunidade de atletas do mundo, e está adicionando mais de 2 milhões de novos usuários por mês. 

O aplicativo do Strava permite que os atletas meçam o desempenho de suas atividades físicas (do ciclismo à corrida, da natação ao surf) e compartilhem os resultados com outros atletas. O app também simula a adrenalina da competição: o usuário consegue comparar seus resultados com o de outros atletas que se exercitam nos mesmos trajetos — criando um estímulo para continuar usando o app. 

A plataforma funciona no modelo ‘freemium’: há diversas funcionalidades gratuitas, mas para ter acesso às ferramentas mais sofisticadas é preciso pagar uma mensalidade. (R$ 15,9/mês ou R$ 119/ano no Brasil).

O Strava — palavra sueca para ‘to strive’, ou ‘se esforçar’ em português — foi fundado pelos americanos Mark Gainey e Michael Horvath. Amigos desde 1987, os dois se conheceram na equipe de remo de Harvard e lançaram o app para tentar resgatar a sensação de ‘camaradagem e superação’ das competições universitárias.

O JP Morgan assessorou a Strava e a O’Melveny & Myers deu a assessoria legal.

ARQUIVO BJ

Strava corre, pedala… e já voa no Brasil