Marcelo Mendes, que geria os fundos Maraú e Mutá, acaba de se desligar da Bahia Asset para se juntar à área de multimesas da Itaú Asset Management.
Mendes traz com ele uma equipe de seis gestores e seis analistas e traders, incluindo Daniel Tonholo (ex-sócio da GAP Asset e da Gávea), Marcio Uejima (que já estava na Itaú Asset e foi realocado para a estratégia), Pablo Salgado e Rodrigo Koch, ambos colegas na Bahia Asset.
Mendes assinou com o Itaú depois de manter conversas com o BTG Pactual e a XP.
Mendes e equipe vão gerir uma família de fundos chamada Optimus, uma estratégia macro ‘híbrida’ que vai mesclar posições de trading e de carregamento. Será a sexta estratégia macro do multimesas.
O Optimus vai começar a operar com mais de R$ 12 bilhões — metade de realocações internas e o restante de novas captações.
A equipe ficará no Rio de Janeiro. A Itaú Asset está abrindo escritório no Leblon e espera fazer mais contratações.
A contratação aumenta para 53 o número de profissionais de investimento do multimesas, a plataforma que permite ao Itaú atrair talento externo oferecendo um pacote que inclui captação, equity no resultado e a possibilidade de ter o Itaú como sócio numa eventual saída.
Baseado na experiência de hedge funds como Millennium e Point72, o multimesas foi montado há um ano e meio e já tem R$ 60 bilhões sob gestão em 14 estratégias.
Com mais de 20 anos de mercado, Mendes passou os últimos oito na Bahia Asset, a gestora carioca onde ele geria dois fundos flagship da casa: os multimercados Maraú e Mutá (ironicamente, um fundo exclusivo para clientes do Itaú).
Mendes deixou a gestão em outubro de 2019, mas nos seis anos anteriores, o Maraú teve um retorno de 153%, frente a 89% do CDI. Já o Mutá, um fundo exclusivo, retornou 64% de 2017 até 2019, 4x mais que o benchmark.