A CCR anunciou que está reduzindo sua estrutura corporativa, diminuindo o número de diretores estatutários de 11 para 7 e transformando todos em vice-presidentes.
O rearranjo busca uma simplificação da estrutura e maior agilidade operacional, e é a primeira movimentação do CEO Miguel Setas um mês depois de assumir o cargo em 24 de abril.
“Este é o marco zero de um programa de aceleração de valor que tem várias dimensões, é um sinal do que pretendemos nos próximos meses: uma agenda de crescimento seletivo, eficiência organizacional e ESG,” Miguel disse ao Brazil Journal.
A proposta da diretoria foi aprovada pelo board hoje à tarde.
Para fazer a mudança, a CCR estudou a estrutura de concorrentes internacionais, dado que, fora ela, nenhuma empresa brasileira de infraestrutura opera três modais de transporte (rodovias, aeroportos e metrôs).
Um dos benchmarks foi a francesa Vinci, que tem 12 diretores – mas uma receita líquida e número de quadro de funcionários 15 vezes maior que a CCR. Já a alemã Hochtief tem o dobro da escala da CCR – e apenas cinco diretores.
A pesquisa também mostrou que, nestas empresas globais, os cargos corporativos e cargos de negócio tinham praticamente o mesmo share na diretoria, ora 50-50 ou 60-40.
Na CCR era diferente: dos 10 diretores/vps, apenas 3 eram heads de negócio. Agora, serão 3 de 6.
Outra faceta da mudança anunciada hoje é que todos os membros do senior management passam a ser vice-presidentes. Na estrutura anterior, havia um vice-presidente e 9 diretores. “Concentramos mais responsabilidade, e os nossos vps passam a ser primus inter pares,” disse o CEO.