A Klabin acaba de anunciar que está trocando seu CFO, promovendo ao cargo Gabriela Woge, que é há três anos a diretora de finanças corporativas e RI da companhia.
Marcos Ivo — que está há 16 anos na Klabin, os últimos seis como CFO — vai continuar na empresa e está assumindo o cargo criado agora de diretor estatutário comercial de papéis. (A Klabin já tinha um diretor comercial de papéis, José Soares, que vai continuar na função trabalhando junto com Ivo).
A nova CFO entrou na Klabin em maio de 2022. Antes, Gabriela havia sido diretora financeira e de RI da BRF, onde ficou quase dois anos, e diretora de M&A e RI da Votorantim Cimentos, onde passou outros sete anos. Ela também teve passagens pela Kimberly Clark, Ultra, Elektro e Monsanto.
Uma fonte próxima à Klabin disse ao Brazil Journal que as mudanças fazem parte de um projeto de desenvolvimento de pessoas e de um plano de sucessão da companhia.
“Quando a Gabriela entrou há 3 anos ela já estava sendo preparada para assumir essa posição. Dentro do planejamento de sucessão da companhia isso já estava desenhado,” disse a fonte.
A ida de Ivo para a diretoria comercial também faz parte do projeto da Klabin de desenvolvimento de seus talentos internos, com a passagem deles por várias diretorias.
A mudança no C-Level vem num momento em que a Klabin está buscando reduzir sua alavancagem depois da aquisição de terras e madeiras da Arauco em dezembro de 2023, que custou à companhia R$ 6 bilhões.
No terceiro tri, a companhia de papel e celulose tinha uma dívida líquida de R$ 26 bilhões, com uma alavancagem, em dólar, de 3,6x EBITDA. O número já esteve pior: há um ano, no terceiro tri de 2024, a alavancagem estava em 3,9x.
De lá para cá, a Klabin fez a venda de terras para uma TIMO, levantando R$ 2,7 bilhões, e vendeu participações minoritárias em duas SPEs, a última delas há cerca de um mês.
A Klabin vale R$ 22,3 bilhões na B3, com sua ação caindo 21% desde o início do ano.











